Luana Piovani nunca teve medo de dizer o que pensa — e dessa vez, mergulhou fundo em um tema delicado: o desejo nas relações amorosas. Ao compartilhar suas percepções sobre intimidade e libido, a atriz trouxe à tona uma verdade silenciosa que ecoa entre muitos casais, mas raramente é verbalizada: o prazer na conquista pode não se manter após o encantamento inicial.
Piovani revelou que sente forte atração na fase de sedução, mas frequentemente perde a libido após esse estágio. Trata-se de uma confissão que quebra tabus e reflete a complexidade do desejo, especialmente quando atravessado pelas rotinas, expectativas e pressões dos relacionamentos duradouros. Para muitos, o início de uma relação é carregado de adrenalina, novidade e fascínio. Mas o que acontece quando essa fase passa?
A atriz descreve uma espécie de bloqueio que surge após a conquista, como se o prazer estivesse profundamente ligado ao ineditismo e ao desafio. Quando o “jogo” acaba, o interesse pelo sexo esfria. A experiência pessoal de Piovani não é isolada: ela simboliza o que muitos enfrentam em silêncio — a oscilação entre desejo e afeto, entre a chama da novidade e o conforto da estabilidade.
Esse comportamento, mais comum do que se imagina, desafia o ideal romântico de que o amor e o sexo caminham lado a lado indefinidamente. A realidade, no entanto, muitas vezes mostra que a convivência constante, o acúmulo de tarefas e a ausência de mistério podem impactar diretamente a libido. No caso de Luana, há também um olhar artístico e inquieto sobre as relações — o desejo parece habitar o terreno da criação, da surpresa, da movimentação contínua.
A atriz sugere, ainda que indiretamente, que a monogamia tradicional pode não dar conta de certas necessidades emocionais e sensoriais. Embora não critique diretamente esse modelo, suas palavras provocam reflexões sobre como as relações modernas lidam com o desejo, a liberdade e a construção da intimidade. O que fazer quando o tesão não sobrevive ao afeto? Como manter viva a energia erótica quando o outro já não é mistério, mas rotina?
Mais do que uma fala sobre si, Piovani levanta um espelho para que outros se enxerguem. Em tempos em que muitos se cobram para manter relações “perfeitas” e sexualmente ativas, sua fala humaniza o tema, acolhe dúvidas e convida à sinceridade. Afinal, não há fórmula mágica — mas há coragem em admitir que o desejo, assim como o amor, é um campo instável, imprevisível e profundamente humano.