qua. out 30th, 2024

 Psicóloga e coach de mães explica como pais e escola devem agir para averiguar o bullying

 Há quem diga que seja coisa da atualidade. Outros dizem que viveram na pele, porém, ainda não havia uma nomenclatura para definir a situação. E, assim, o bullyingestá presente na nossa sociedade.

Segundo Isabela Cotian, psicóloga e coach de mães, os motivos que podem levar uma criança a praticar esses atos.

“Desde problemas em casa, em alguma área específica da sua vida ou uma forma de defensiva por sofrer o bullying. Todas estas situações podem fazer com que as crianças se sintam bravos ou vulneráveis”, explica.

Ela esclarece que isso pode acontecer a partir dos 3 ou 4 anos de idade, além de quando o pequenininho ingressa na escola.

Isso tudo porque é o momento em que ela começa a se socializar, criando afinidades ou discriminações com os demais.

“Antes desta idade é comum que as crianças utilizem comportamentos agressivos por estarem em desenvolvimento e não dominarem outras formas de expressão”, realça.

 O que o bullying pode acarretar na pessoa?

Isabela alerta que quando não tratado, o bullying deixa marcas por toda a vida, inclusive na fase adulta. “A pessoa pode apresentar problemas de saúde, dificuldades sociais, consumo de substâncias, ansiedade, depressão, mau desempenho escolar e baixa estima”, conta.

De acordo com a psicóloga, essas agressões físicas e verbais podem deixar marcas por muito tempo na vida adulta, agravando problemas ligados à saúde, classe social e relacionamentos.

“E isso tanto nos que praticam o bullying como naqueles que sofreram isso”, complementa

Escola e pais: uma união necessária

A vida dentro de casa e no ambiente escolar são as bases para detectar e acabar com o bullying.

Isabela nomeia alguns fatores que possam ajudar aos pais a saberem se o seu filho está passando por essa situação, lembrando que isolados eles não caracterizam o ato em si:

– Isolamento;

– Machucados e arranhões sem explicações;

– Roupas e materiais estragados;

– Medo de ir à escola;

– Notas baixas;

– Mudança frequentemente no trajeto de ir para a escola;

– Falta de apetite ou apetite exagerado;

– Perda de objetos com frequência;

– Pouca convivência com os amigos da escola;

– Tristeza;

– Estresse e choro sem motivos aparentes;

– Mudança drástica de humor;

– Irritação;

– Dores de cabeça;

– Dores na barriga;

– Insônia;

– Pesadelo;

– Pensamentos suicidas.

“Primeiramente, os pais devem conversar e entender o que está acontecendo. E se existe uma relação próxima entre pais e filhos, facilita muito esse processo”, ressalta a coach de mães.

Ela salienta que trabalhar em parceria com a escola é fundamental para que ambos tenham diretrizes para acompanhar o autor e a vítima.

Estar aberto ao diálogo ou proporcionar dinâmicas que facilitem a abordagem do tema também são caminhos que dão certo.

“Utilizar meios como livros sobre o tema, abordando a história a abrindo para reflexões, dramatizar situações para analisar com quem a criança se identifica e proporcionar jogos cooperativos, para observar como o pequenino reage diante te tudo, são maneiras de averiguar o problema”, finaliza Isabela.

Serviço:

Isabela Cotian – www.isabelacotian.com

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