qui. nov 21st, 2024

 

Nesta terça-feira (16), a Justiça de São Paulo sentenciou o empresário Thiago Brennand a 10 anos e 6 meses de prisão em regime fechado por estuprar uma mulher em 2016, além de filmar os abusos e ameaçar divulgar os vídeos na internet. A decisão foi proferida pela Vara do Foro Central de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, e o acusado ainda pode recorrer. Brennand, que já está preso desde abril de 2023 por outras condenações, negou as acusações.

Essa é a quarta condenação do empresário na Justiça, sendo a terceira relacionada a crimes de estupro. Segundo o processo, Brennand conheceu a vítima pelo Instagram e, após um breve relacionamento consensual, a situação evoluiu para uma série de abusos e ameaças, ocorridos ao longo de três semanas.

De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), inicialmente, a mulher consentiu em sair e ter relações com Brennand, mas logo notou seu comportamento agressivo. Ele passou a forçá-la a manter relações sexuais contra sua vontade e, além disso, ameaçou divulgar os vídeos das agressões, o que fez com que a vítima, por medo, não denunciasse o empresário na época.

Somente após reportagens do programa “Fantástico”, que trouxeram à tona as primeiras denúncias contra Brennand, a vítima procurou a polícia e relatou o ocorrido. Ela também revelou ter sido perseguida pelo empresário após o término da relação, sofrendo com transtornos alimentares, queda de cabelo e danos emocionais, além de ter dificuldades em estabelecer novos relacionamentos.

A Justiça concluiu que as provas reunidas no processo evidenciam que a vítima sofreu “violência e grave ameaça”, sendo forçada a manter relações sexuais com o empresário.

Histórico de condenações

A nova sentença se soma a outras três condenações já registradas contra Thiago Brennand. A primeira, em outubro de 2022, ocorreu pelo estupro de uma cidadã norte-americana em Porto Feliz, São Paulo, em 2021. Na ocasião, ele foi sentenciado a 10 anos de prisão, mas em setembro de 2024 a pena foi reduzida para 8 anos e 6 meses em regime fechado.

As condenações reforçam o histórico de crimes sexuais cometidos pelo empresário, que segue sendo julgado por outros casos pendentes.

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