dom. nov 24th, 2024

Projetos com uso das novas tecnologias que tem revolucionado as formas de educação.

Por – Nilber Ferreira

A avanço das novas tecnologias e o uso da internet com papel preponderante das redes sociais tem revolucionado as formas de se difundir a educação. Neste novo contexto aparecem inúmeros exemplos de pessoas que vem empreendendo e contribuindo com a melhoria do ensino além das quatro paredes das instituições tradicionais. Falaremos de duas iniciativas neste sentido: O “Clubinho Salva vidas” e o “Site colaborativa”.

Plataformas digitais promovem educação e cidadania

Pais e responsáveis são os primeiros a fornecer orientações para os seus filhos, elas não se condicionam apenas para vocacionados para o “sacerdócio” do magistério. Pensando nisto o “empreendedor cidadão” Eliandro Maurat, 40 anos, da cidade da Região Serrana de Teresópolis inovou idealizando o “Clubinho Salva Vidas”, uma plataforma de jogos digitais gratuitos destinados a orientar as crianças aprenderem boas práticas cidadãs.

O empresário do ramo da informática Eliandro Maurat desde a criação do seu primeiro negócio, a Infocanto, buscou o viés da sustentabilidade e do descarte correto dos materiais de tecnologia: cartuchos e tonners, reduzindo a poluição com essa iniciativa.

Em 2011, surge o “Clubinho Salva Vidas”, um empreendimento de impacto sócio educativo, levando a ideia de um jogo educativo voltado para o público infanto juvenil. Na ocasião, seu filho Luan Maurat, que tinha sete anos deu a sugestão desta iniciativa interativa.

Anteriormente ao “Clubinho” já existia o Projeto Salva Vidas no Trânsito, a partir da observação da realidade violenta no trânsito nas nossas cidades com objetivo de ajudar a conscientizar as pessoas em palestras na rede públicas e particulares de educação. Com o crescimento do fluxo de acessos ao site e convites como palestrante, ELiandro precisou se dedicar em tempo integral ao projeto. Atua hoje ministrando tanto para crianças, jovens e os adultos levantando a bandeira da Paz nas ruas e por uma educação preventiva.

“É preciso lembrar que as crianças e os adolescentes serão os futuros motoristas. Construir atitudes éticas deve se iniciar nesta fase …. Ficam guardados na memória e são usados por toda vida”.

Eliandro Maurat, idealizador do “Clubinho Salva-Vidas”

Brincando é que se aprende, e vice-versa

A interface do jogo interativo é apresentada de forma lúdica, ou seja, divertidamente se ensina as crianças a se tornarem cidadãos mais conscientes sob diversos aspectos, incentivando melhores práticas no trânsito, no meio ambiente, com os animais etc.

As novas gerações crescem nesta ebulição hi tech conhecendo novas fronteiras do conhecimento. Otimizar o aprendizado através de jogos educativos dinamiza a forma de ensinar, a “Gameficação” no ambiente estudantil traz interação e engajamento. Na escola significa usar técnicas e dinâmicas dos jogos para transformar tarefas diárias em algo divertido.

“Precisamos lembrar que as crianças e os adolescentes serão os futuros motoristas.

A construção de atitudes éticas deve iniciar nesta fase. Esses valores adquiridos na infância e a adolescência ficam na memória e são usados por toda vida”, ressalta o idealizador do “Clubinho”. A utilização de tecnologia como ferramenta educativa possibilita professores e pais a despertarem na garotada a conscientização para valorizar e preservar a vida no trânsito como em outras situações diárias. Despertar esta geração em crescimento educando pequenos cidadãos, que futuramente levarão lições de convivência pacifica a outras pessoas é a meta permanente do movimento empreendido por Eliandro.

No aplicativo do “Clubinho” há nove jogos, tem como cenário uma cidade onde as crianças interagem cumprindo tarefas identificando perigos como tomadas destampadas em casas, retirar lixos nos rios, plantar árvores, adotar animais. Os bônus a medida que se avança em outros locais se ganham moedas ou se perdem também, por exemplo, atravessar a rua fora da faixa de pedestres. O jogo é gratuito e está disponível no Site do Clubinho Salva-vidas e em aplicativos móveis em versões para sistemas IOS ou ANDROID.

Cultura digital de compartilhamento e colaboração

Surfando nesta onda tecnológica desembocando em outras conexões educacionais temos a “Colaborativa”, propondo um modelo diferente para a educação no meio corporativo. No mercado desde 2005, em 2013 passou a oferecer serviço de e-mail profissional em nuvem integrado à educação para o trabalho colaborativo em micro e pequenas empresas.

Daniel Zandoná, 38 anos, engenheiro em tecnologia da informação e empresário, criador do “Colaborativa” nos diz que o empreendimento mergulha neste mar por entender que o trabalho colaborativo promove enorme interação com sistemas de colaboração integrados. O mote principal é motivar as pessoas a desenvolverem uma cultura cooperativa. Através desse passo possibilitar a produção utilizando as diversas linguagens e recursos de comunicação e colaboração disponibilizados hoje na internet. O valor imensurável do trabalho em equipe, da velha e eficaz máxima: “A união faz a força”.

Daniel nos explica que a proposta é dialogar com os dispositivos de tecnologia, com as pessoas e os grupos usando um modelo que valoriza a participação de todos nas atividades para obtenção de determinado resultado. ” A ideia é que estes diálogos ou interações se conectem tanto no uso da tecnologia como em valores e compartilhados pelas pessoas em um grupo”, complementa. Este refino interdisciplinar com as informações aponta para mais transparência na gestão corporativa. Os modelos tradicionais de massa trazem pouca variedade e seu atendimento quase sempre é despersonalizado.

A imensa rede de computadores que existe surgiu como rede de colaboração entre o governo americano, universidades e empresas de tecnologia. Unir ambiente colaborativo e o mundo virtual proporciona aproveitar essas ramificações, flexibilizar tempo e espaço, otimizar custos e ampliar os campos e meios de acesso digital. Visualizando este entendimento a colaborativa é uma plataforma que oferece cursos online Gestão em Negócios Criativos e Empreendedor inteligente.

 “A idéia é que estes diálogos ou interações se conectem tanto no uso da tecnologia como em valores e compartilhados pelas pessoas em um grupo”. Daniel Zandoná, engenheiro especialista em tecnologia da informação

A descentralização do acesso a mecanismos para produção, comunicação e distribuição de produtos e serviços revolucionou o mercado, “democratizando” com inovação e criatividade. “Existe uma enorme oportunidade a explorar para iniciativas que promovam o ensino e aprendizagem usando a rede …”, explica Daniel. Através da internet podemos melhorar a educação usando diversos recursos audiovisuais disponíveis. Isso nos indica um caminho de mais inclusão social para que muitas mais pessoas na sociedade possam efetivamente participar e ampliar suas conexões além de sites e aplicativos.

Números relativos a 2016 do (GEM Sebrae, 2016) pesquisa global de nível empreendedorismo revelou uma taxa total de empreendedorismo para o Brasil foi de 36%, significando que em torno de 48 milhões de brasileiros com idade entre 18 e 64 anos estavam envolvidos na criação ou manutenção de algum negócio, na condição de empreendedor em estágio inicial ou estabelecido. Embora a atividade devido à crise instalada no país em 2014 tenha diminuído a atividade empreendedora no Brasil, temos uma forte perspectiva de uma melhora dos níveis da atividade econômica e da capacidade empreendedora, já acontecendo gradualmente. A resiliência do povo brasileiro é outro ingrediente que deve ser considerado, afinal de contas, somos brasileiros e nunca desistimos. Observe quadro abaixo alguns números.

O elo que une as duas iniciativas é a vontade de fazer algo novo que possa impactar o “modus operante” ao seu redor, gerando aprendizado, seja qual for a faixa etária. São pilares fixados numa nova engrenagem educacional que a tecnologia e seu vasto leque de opções oferecem e irão ainda oferecer. Educar os pequeninos e dar continuidade a esse processo até quando se tornam adultos terão benefícios visíveis em toda a sociedade.

 

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