qui. fev 20th, 2025

 

A mulher responsável pelo cuidado dos gêmeos que se afogaram em uma piscina no município de Belo Horizonte (MG) teve seu celular apreendido pela polícia nesta segunda-feira (12). O caso, que chocou a cidade, ocorreu no último sábado (10), quando as crianças, de apenas 3 anos, foram encontradas sem vida na piscina de um condomínio residencial. A polícia investiga se houve negligência por parte da cuidadora, que estava encarregada de supervisionar as crianças no momento do acidente.

De acordo com informações da Polícia Civil, o celular da cuidadora foi apreendido para análise, com o objetivo de verificar possíveis trocas de mensagens ou registros que possam esclarecer as circunstâncias do ocorrido. A mulher, cuja identidade não foi divulgada, prestou depoimento na delegacia e foi liberada após ser ouvida pelos investigadores. Ela nega qualquer tipo de negligência e afirma que as crianças estavam sob sua supervisão no momento do acidente.

Os gêmeos, identificados como João e Maria, estavam brincando na área comum do condomínio quando o acidente aconteceu. Testemunhas relataram que a cuidadora teria se ausentado por alguns minutos para atender a uma ligação telefônica. Quando retornou, as crianças já estavam na piscina. Apesar dos esforços de socorro, elas não resistiram e foram declaradas mortas no local.

Investigação em andamento

A polícia abriu inquérito para apurar as circunstâncias do afogamento. Além de analisar o celular da cuidadora, os investigadores também estão colhendo depoimentos de moradores do condomínio e de familiares das crianças. O laudo pericial, que deve detalhar as causas das mortes, ainda não foi concluído, mas a hipótese de negligência é considerada a principal linha de investigação.

O delegado responsável pelo caso, Marcos Antônio Silva, destacou a importância de se determinar se a cuidadora cumpriu com seu dever de supervisionar as crianças de forma adequada. “Estamos analisando todos os detalhes para entender se houve falha na supervisão ou se foi um trágico acidente. A apreensão do celular é parte desse processo de investigação”, explicou.

Reação da família e do condomínio

A família das crianças está devastada com a perda. Em nota, os pais dos gêmeos afirmaram que confiavam na cuidadora e que nunca imaginaram que algo assim pudesse acontecer. “Eram nossos tesouros, nossa alegria. Não temos palavras para expressar a dor que estamos sentindo”, disseram.

O condomínio onde ocorreu o acidente também se manifestou, informando que está colaborando com as investigações e que reforçará as medidas de segurança nas áreas comuns, especialmente em relação ao acesso de crianças à piscina. “Estamos profundamente tristes com o ocorrido e nos solidarizamos com a família. Vamos tomar todas as providências necessárias para evitar que tragédias como essa se repitam”, afirmou a administração do condomínio.

Alerta sobre segurança infantil

O caso dos gêmeos afogados em Belo Horizonte reacendeu o debate sobre a importância da supervisão constante de crianças, especialmente em áreas de risco, como piscinas. Especialistas em segurança infantil alertam que acidentes desse tipo podem ser evitados com medidas simples, como a instalação de cercas em torno de piscinas, o uso de coletes salva-vidas e, principalmente, a supervisão atenta de um adulto.

Enquanto a polícia segue investigando o caso, a comunidade local se mobiliza para prestar apoio à família das crianças. Uma vaquinha online foi organizada para ajudar com os custos do funeral, e vigílias estão sendo realizadas em memória de João e Maria.

O desfecho da investigação ainda é incerto, mas o caso já serve como um triste alerta sobre os riscos que as crianças podem enfrentar quando não são supervisionadas de forma adequada. A dor da perda dos gêmeos ecoa como um lembrete da importância de redobrar os cuidados com os pequenos, especialmente em ambientes que oferecem perigos ocultos.

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