qua. out 30th, 2024
Dr. Marcelo


O câncer na coluna surge da reprodução e crescimento desordenado das células, se agrupando e formando uma massa sólida.
Os tumores originários especificamente da coluna vertebral não são muito comuns. Estima-se que apenas 10% dos casos de câncer na coluna originam-se de células nervosas situadas no interior deste órgão. Apesar disso, metástases ósseas não são raras e podem afetar a região.

De acordo com Marcelo Bragança, onco ortopedista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ, os tumores surgem da reprodução e crescimento desordenado das células, quando elas se agrupam e formam uma massa sólida. “Eles podem ser benignos, quando são provenientes de crescimento expansivo das células, ou malignos, quando este crescimento tem caráter infiltrativo com destruição dos tecidos (câncer) e disseminação à distância (metástases)”, explica.

Grande parte dos tumores benignos na coluna vertebral são meningiomas, que se originam das células que revestem o cérebro e a medula espinhal, e schwannomas, originados das células que envolvem os nervos. Já os malignos são gliomas, que surgem a partir de outras células da medula espinhal, e os sarcomas, que originam dos tecidos conjuntivos da coluna vertebral. Há também as metástases, que são os tipos mais comuns de tumores na coluna vertebral, ocorre quando o tumor em algum outro lugar do corpo se dissemina para a coluna. Tais tumores são sempre malignos.

“Às vezes, os tumores na coluna vertebral são encontrados antes que causem quaisquer sintomas. Eles podem variar conforme o local onde o tumor está e quais os tecidos estão envolvidos. Os mais comuns são: dor nas costas progressiva e implacável, não relacionada à atividade física, bem localizada para o segmento da coluna envolvido e mais grave durante a noite; problemas intestinais ou na bexiga; disfunção sexual; alterações na sensibilidade ou fraqueza muscular dos braços e pernas” esclarece o especialista.

Diagnóstico do câncer na coluna

Para uma confirmação mais precisa do surgimento de câncer, é imprescindível contar com a realização de exames de imagem, como raio-x, tomografia e ressonância magnética. Outros exames que também podem ser indicados para o estadiamento da doença são cintilografia e PET-CT, que serão determinantes para avaliação do estágio do tumor e as indicações terapêuticas.

Tratamentos para câncer na coluna

“O tratamento de tumores na coluna varia de acordo com o tipo de tumor, podendo incluir, por exemplo, cirurgia e radioterapia. Tumores benignos podem ser facilmente resolvidos com uma cirurgia para ressecção da lesão. Porém em casos de tumores malignos que não respondam a terapias, a cirurgia de reconstrução da coluna é a solução indicada para devolver mobilidade e qualidade de vida ao paciente” explica Marcelo Bragança.

Com o avanço da ciência e técnicas de cirurgia minimamente invasiva da coluna, no dia seguinte o paciente já apresenta um quadro clínico de evolução conseguindo até mesmo caminhar. Mesmo que, de uma forma geral, os tratamentos de câncer na coluna sejam eficazes na maior parte dos casos, cada paciente precisa receber uma avaliação individual.

“É importante lembrar que nunca se devem tirar conclusões ou tentar realizar o diagnóstico e tratamento por conta própria, especialmente quando se trata de algo tão delicado e complexo como tumores na coluna vertebral” finaliza.

 

Serviço:

Dr. Marcelo Bragança

 

Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 190, sala 1026 – Botafogo.

Telefone: (21) 3239-5000
www.oncoortopedia.com.br

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