sex. jul 4th, 2025

O cantor sertanejo Eduardo Costa voltou aos holofotes, desta vez não por sua música, mas por uma declaração sobre o corpo de sua esposa, Mariana Polastreli, que tem provocado discussões nas redes sociais. Em entrevista recente, o artista revelou que pediu à companheira para “manter-se mais cheinha”, afirmando que, para ele, a mulher ideal não precisa seguir os padrões de magreza impostos pela sociedade. A afirmação dividiu opiniões e reacendeu o debate sobre autoestima, autonomia feminina e os limites da influência masculina sobre o corpo da mulher.

Mariana, influenciadora digital com centenas de milhares de seguidores, compartilhou que voltou a treinar por recomendação do marido, mas que segue um ritmo mais leve, buscando uma forma física que agrade ao casal — sobretudo a ele. O cantor teria deixado claro que não gosta de mulheres excessivamente magras, e que prefere o corpo da esposa com mais curvas e volume.

Apesar do tom carinhoso e da aparente cumplicidade entre os dois, a declaração levantou questionamentos. Para muitos, a fala de Eduardo reforça estereótipos antiquados em que o corpo feminino é moldado ao gosto do homem. Há quem enxergue a situação como um reflexo de uma cultura machista, onde o desejo masculino dita o comportamento e as escolhas da mulher — inclusive em aspectos tão íntimos quanto a aparência física.

Por outro lado, há também quem veja a situação como uma simples preferência dentro de uma relação consensual. Seguidores do casal defendem que, em uma parceria afetiva saudável, é natural que ambos façam concessões e que expressar gostos pessoais não deve ser visto automaticamente como uma forma de opressão. Mariana, inclusive, demonstrou tranquilidade ao relatar o episódio, reforçando que se sente confortável com seu corpo e que os dois mantêm um diálogo aberto sobre o assunto.

Ainda assim, especialistas em comportamento e gênero alertam que o problema não está na preferência individual, mas na forma como declarações públicas como essa podem reforçar padrões e expectativas sobre como as mulheres devem se portar para agradar. Em um contexto de redes sociais, onde milhões de mulheres enfrentam pressões estéticas diárias, declarações vindas de figuras públicas têm o poder de influenciar comportamentos — para o bem ou para o mal.

Eduardo Costa, conhecido por suas polêmicas, não é estranho aos debates que envolvem machismo e conservadorismo. Desta vez, mesmo ao falar de afeto, acabou tocando em uma ferida social ainda em processo de cura: a liberdade da mulher sobre seu corpo, suas escolhas e sua imagem.

Enquanto o casal segue compartilhando momentos de amor e rotina, o caso serve como ponto de reflexão: até que ponto o amor pode — ou deve — moldar o corpo de alguém? E qual o limite entre a preferência pessoal e a pressão social disfarçada de carinho? A resposta, talvez, esteja no equilíbrio entre liberdade e respeito — dentro e fora dos relacionamentos.

 

 

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