dom. dez 8th, 2024

 

Ainda envolto com o recente CD “Paisagens Cariocas”, segundo disco de sua carreira, lançado no primeiro semestre, o Duo Santoro parte para mais uma etapa enobrecedora em seus mais de vinte anos de formação. No próximo domingo, 17 de setembro,às 10h30min, os irmãos, que integram a Orquestra Sinfônica Brasileira, vão se juntar à Orquestra Sinfônica Nacional da UFF, regida pelo maestro Tobias Volkmann, para realizar, em um concerto memorável: a estreia mundial da obra “Duplum”, concerto para dois violoncelos e orquestra, de João Guilherme Ripper. Este é o primeiro concerto escrito para esta formação pelo consagrado compositor – a parceria vem desde 1994, quando Ripper escreveu uma das primeiras músicas dedicadas ao duo, “Cantiga e Desafio”, gravada em 2013 no CD de estreia dos gêmeos, “Bem Brasileiro”.

O maestro vem saboreando grandes realizações profissionais. Pela primeira vez em 109 anos de existência, o Teatro Colón, de Buenos Aires, encenará uma ópera de um compositor brasileiro: sua peça “Piedade” tem quatro récitas nos dias 2, 3, 8 e 9 de setembro, dentro da série Ópera de Câmara, que tem curadoria de Marcelo Lombardero.

O concerto da Orquestra Sinfônica Nacional da UFF terá ainda a apresentação do “Concerto para fagote e orquestra, Op.88”, de Liduino Pitombeira, com execução a cargo de Jeferson Souza, integrante da OSN, além de obras de Cláudia Caldeira e Rafael Piccolotto de Lima.

 

SERVIÇO:

Duo Santoro e Orquestra Sinfônica Nacional da UFF interpretam “Duplum”, concerto para dois violoncelos e orquestra, de João Guilherme Ripper (estreia mundial)

Maestro: Tobias Volkmann

 

  • 17 de setembro
  • Domingo | 10h30min
  • Cine Arte UFF
  • Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói – RJ
  • Ingressos: R$ 14 (inteira) R$ 7 (meia)
  • Classificação: Livre
  • Informações: 3674-7511 | 3674-7512

Duo Santoro

 Iniciaram os estudos musicais com o seu pai, o contrabaixista Sandrino Santoro. Em 1989, graduaram-se pela Escola de Música da UFRJ com nota máxima e dignidade acadêmica Magna Cum Laude, e hoje são mestres pela UFRJ e pela UNIRIO.

Pertencem aos quadros da Orquestra Sinfônica Brasileira e da Orquestra Sinfônica da UFRJ, onde já se apresentaram várias vezes como solistas, além de participarem de outras formações camerísticas distintas, tais como trios, quartetos e outros duos.

Considerado “um dos maiores sucessos da música erudita brasileira” pelo Jornal O Globo, o Duo Santoro é um dos conjuntos mais elogiados pela crítica especializada.

Único duo de violoncelos em atividade permanente no Brasil, o Duo Santoro estreou em 1990 e já se apresentou nas principais salas de concerto de todo o país. Seus recitais incluem um leque eclético de estilos, que vai do erudito ao popular. Uma das principais metas do Duo Santoro é a divulgação da música brasileira. Para isso, contam com a colaboração de vários compositores, que dedicaram algumas de suas principais obras ao Duo, tais como EdinoKrieger, Ronaldo Miranda, João Guilherme Ripper, Ricardo Tacuchian, Dimitri Cervo, Villani-Côrtes, Nestor de Hollanda etc.

Por unanimidade, Paulo e Ricardo Santoro receberam da “União Brasileira de Escritores” os prêmios PERSONALIDADE CULTURAL do ano de 1995 e MEDALHA DO MÉRITO CULTURAL de 2014, além das condecorações “MEDALHA DE OURO” e “MEDALHA DE PRATA” conferidas pela Escola de Música da UFRJ em 1992.

Nas comemorações dos seus vinte anos, se apresentaram em praticamente todo o Brasil e na República Dominicana, coroando o ano com um recital no famoso Carnegie Hall de Nova York. Em 2013, lançaram o seu primeiro CD, “Bem Brasileiro”, totalmente dedicado a compositores brasileiros do século XX e contemporâneos, obtendo grande repercussão na imprensa nacional e internacional. Em 2017, lançaram seu segundo CD, “PaisagensCariocas”, dedicado à música brasileira erudita e popular.

João Guilherme Ripper

 Compositor, regente, gestor cultural e professor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Obteve seu Doutorado em Composição na The CatholicUniversityofAmerica, em Washington D.C., onde estudou com Helmut Braunlich e Emma Garmendia.

Frequentou o Curso de PerfeccionamentenDireccónOrchestal na Argentina, com o Maestro Guillermo Scarabino, e Économie et Financement de laCulture, na Université Paris-Dauphine. Foi Diretor da Escola de Música da UFRJ entre 1999 e 2003. Em 2004 aceitou o convite do Governo do Estado do Rio de Janeiro para dirigir a Sala Cecília Meireles, onde permaneceu por 11 anos e empreendeu uma ampla reforma.

Em 2015, foi nomeado Presidente da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro, cargo que ocupou até o início deste ano. Ripper é membro e Vice-Presidente da Academia Brasileira de Música. Colabora frequentemente com orquestras, conjuntos de câmara, teatros e festivais no Brasil e exterior criando novas obras ou atuando como compositor residente.

Em sua produção mais recente destacam-se a série “FromMyWindow”, encomenda do ArtistProgram da KeanUniversity (US), “Desenredo” e “Cinco poemas de Vinicius de Moraes”, encomendas da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, “Jogos Sinfônicos”, encomenda da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, “Natividade – Cantata Cênica”, encomenda do Teatro Amazonas, e “Gloria Concertato”, que encerrou recentemente o I Congresso Internacional de Música Sacra no Rio deJaneiro. Seu catálogo de obras inclui ainda as óperas “Augusto Matraga”,“Domitila”, “Anjo Negro”, “O Diletante”, além de “Onheama”, produzida no Festival Terras Sem Sombra em Portugal no ano passado, e “Piedade”, que integra a Temporada 2017 do Teatro Colón.

 

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